Um tal Renatão
Olavo de Carvalho
No dia 26 de mar�o, um tal "Renat�o", tendo lido e abominado meu
artigo "Golpe de Estado no mundo", p�s a circular na lista de
discuss�es [email protected] a seguinte mensagem:
Para ser um bom sujeito, no julgamento renat�nico, eu teria de escrever, al�m dos artigos que escrevi dizendo o que ningu�m dizia sobre mil e um assuntos, outros que repetissem o que todo mundo dizia contra as privatiza��es e a m� administra��o da Petrobr�s. Eu jamais pensaria em atender a essa exig�ncia, pois para fazer coro aos slogans da moda existem os Renat�es que d�o conta do servi�o sem precisar da minha ajuda. N�o que esses protestos fossem, em si, injustos. Mas um sujeito n�o se mata de estudar durante quarenta anos s� para depois fazer eco �s manchetes do dia. Bem sei que no Brasil os intelectuais s� existem para isso -- para lamber o ego do eleitorado, como candidatos a vereador, em exibi��es de bom-mocismo. Se eu fizesse o que Renat�o me exige, seria digno da admira��o e do respeito de milh�es de criaturas como ele -- motivo mais que suficiente para que eu me abstivesse de faz�-lo. Sendo, pois, irrelevante o conte�do da mensagem, s� um detalhe dela me pareceu digno de aten��o: o insulto brutal e difamat�rio contido na express�o "By the way, como dizem os atuais patr�es do Olavinho". Diante de coisas dessa ordem, n�o tenho o h�bito de me recolher a um sil�ncio c�mplice, afetando superioridade, como o fazem os covardes e omissos que, dessa forma, incentivam a pr�tica impune dos crimes de inj�ria e difama��o at� consagr�-los como direitos humanos fundamentais. Informei-me, pois, sobre quem seria o engra�adinho e, sabedor de que se tratava aparentemente de um coronel da reserva do Ex�rcito Brasileiro, enviei a ele, em privado, a seguinte resposta:
Algumas horas depois, recebi do cavalheiro a seguinte mensagem, distribu�da simultaneamente ao mesmo grupo de discuss�es:
Nessas linhas observam-se os seguintes detalhes: 1. Um sujeito que desconhe�o espalha pela internet uma mensagem insultuosa e difamat�ria contra mim e, quando lhe exijo explica��es, sai gritando que isso � "viol�ncia" e "agress�o torpe e desqualificada". 2. Ele distribui suas mensagens a terceiros, pelas costas da v�tima, e, quando esta lhe responde em privado, poupando-o generosamente de qualquer humilha��o diante de seus amigos, ele reincide no espalhafato criminoso. 3. � inj�ria e � difama��o ele acrescenta agora a cal�nia, acusando-me de "ex-terrorista" (coisa que n�o se sabe de onde sua imagina��o tirou) e at� de coisa pior: pois um terrorista foi terrorista e deixou de s�-lo e, segundo Renat�o, fui terrorista e continuo sendo. 4. Tendo-me acusado de servir por dinheiro aos americanos, acrescenta agora que o fa�o por ser... uma "vi�va de St�lin", um nost�lgico do comunismo! Sua vontade de xingar � tanta, e t�o incontrol�vel, que j� nem cuida de selecionar os insultos com um m�nimo de coer�ncia. Literalmente, vale tudo. A m�-f� do caluniador, no paroxismo do �dio hist�rico, n�o poderia revelar-se de maneira mais patente. 5. Depois de aviltar-se a esse ponto, o indiv�duo ainda assume ares de superioridade ol�mpica, dizendo recusar-se a descer das alturas onde imagina habitar at� � "pocilga" em que, no seu entender, me encontro. Em vista do exposto, n�o me resta sen�o responder j� n�o em privado, mas de p�blico, declarando, da maneira mais clara e inequ�voca -- e sem preju�zo das medidas judiciais cab�veis contra o insolente --, que o Cel. R1 Renato Penteado Teixeira, vulgo "Renat�o", �, al�m de burro pretensioso e arrogante, um caluniador e mentiroso, canalha e sem vergonha. �, ademais, um covard�o, que bate pelas costas e, revidado, sai correndo. Que ele se orgulhe da farda que o encobre, nada mais natural. At� o mais inepto recruta � dignificado pela farda que veste. O problema � saber se a farda, envergonhada daquele que em vez de honr�-la se esconde dentro dela, n�o vai acabar por vomit�-lo um dia. |