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Entrevista de Olavo de Carvalho
Revista Digital

Revista Digital, 22/3/2001

 

Participando de um ciclo de palestras promovido pela ACLAME (Associa��o da Classe M�dia do RS) em universidades do interior do estado - em cidades como Cruz Alta, Iju�, Santa Cruz do Sul, Erechim, entre outras – intitulado Universidade Para Qu�?–, o pol�mico fil�sofo e jornalista Olavo de Carvalho fala de assuntos na pauta dos ga�chos: o papel da universidades e a Uergs, o governo Ol�vio Dutra e os guerrilheiros colombianos, F�rum Social x F�rum da Liberdade, a ascens�o do PT ao poder, seguran�a p�blica, e muito mais! Leia e discuta essa entrevista exclusiva para a Revista Digital.

Professor, o senhor est� visitando o Estado a convite da Aclame (Associa��o da Classe M�dia do Rio Grande do Sul), para um ciclo de palestras intitulado Universidade pra qu�?. Qual � a fun��o da universidade, na opini�o do senhor? O senhor acredita que a universidade brasileira perdeu sua fun��o original?

— A universidade pode ter in�meras fun��es diferentes. Por�m, a caracter�stica que a define � a de constituir o maior centro de busca e preserva��o do conhecimento. � uma grande ilus�o pensar que a universidade se destinasse a formar a classe dominante. Na Idade M�dia, havia esta consci�ncia do benef�cio incalcul�vel que o conhecimento representa, pela sua simples posse. N�o se pensava na hip�tese de usar isto para outra coisa, ao contr�rio, isto era o supremo benef�cio.

Com o tempo, a universidade vai adquirindo finalidades secund�rias. Em primeiro lugar, na Renascen�a, come�ou a disputa entre os reis e o papado pelo dom�nio da universidade. O decl�nio da intelectualidade cat�lica dominante da �poca � terr�vel - se voc� compara os intelectuais dos s�culos XII e XIII com aqueles idiotas do Conc�lio de Trento, � algo absolutamente deplor�vel. H� uma queda do n�vel das universidades ocasionada pela sua politiza��o, por culpa dos papas e dos reis. Com a restaura��o na Alemanha, a universidade conserva uma imensa autonomia, possibilitando o surgimento do movimento notabil�ssimo que foi o romantismo e o idealismo alem�o. Filho direto da liberdade, da n�o interfer�ncia dos poderes externos na universidade.

No entanto, a partir da�, esta interven��o � cada vez maior, sobretudo e em primeiro lugar no sentido comercial. A universidade vai se transformando em uma institui��o para a forma��o profissional, e, logo em seguida, como efeito quase imediato, vem a politiza��o da universidade. N�o que essas finalidades econ�micas e pol�ticas n�o devam ser atendidas, mas para elas h� outros instrumentos.

O senhor acha ent�o que dever-se-ia separar essa quest�o do conhecimento instrumental, voltado para fins t�cnicos e para a forma��o profissional?

— A universidade pode abranger tudo isso, mas sem abrir m�o da consci�ncia do valor do conhecimento objetivo. Nesse sentido, ela poderia se tornar o �rbitro das disputas sociais e pol�ticas, realmente dando uma ajuda na esfera econ�mica. Mas, se ela perder a sua fun��o pr�pria e se prostituir a fins comerciais ou pol�ticos, ela perde a autoridade e se transforma em um �rg�o auxiliar, ela � subjugada. � o que acontece hoje.

A maioria dos pol�ticos usa a universidade sem nenhum respeito ao conhecimento objetivo. Os partidos, sobretudo o famoso PT e esse pessoal comunista todo, quer instituir a sua doutrina partid�ria como programa de universidade, vetando inclusive o conhecimento de doutrinas antag�nicas. Isto � o m�ximo da prostitui��o que se pode conceber na universidade. E no Brasil isto acontece em todas as universidades, sem exce��o.

O senhor tra�ou uma origem bastante antiga para esse processo de interven��o pol�tica. E no Brasil, quando � que isso come�ou?

— O Brasil n�o tem tradi��o universit�ria. Ele tem, ao contr�rio, uma tradi��o das faculdades isoladas, que, por n�o poderem exercer esta fun��o mais elevada, acabavam virando centros de agita��o pol�tica. O tempo que os estudantes perderam fazendo passeatas e revolu��es foi tempo roubado � forma��o da elite intelectual nacional. A desvantagem que o Brasil leva no cen�rio internacional ocorre simplesmente pelo despreparo e pela burrice da sua elite pol�tica. Em vez de estudar, ficavam fazendo passeata. Hoje, temos como resultado esse Congresso de analfabetos. Em outros pa�ses, � uma tradi��o os pol�ticos de primeiro plano serem homens que dominam a arte da palavra. Na Fran�a, um pol�tico n�o se incomodar� de ser acusado de corrup��o, mas o desafiar� para um duelo se voc� disser que ele cometeu um erro de gram�tica. Nos Estados Unidos, um dos pol�ticos mais populistas, como Theodore Roosevelt, era autor de ensaios liter�rios de valor extraordin�rio. Abraham Lincoln era um dos maiores estilistas da l�ngua inglesa. E isso � uma tradi��o, que h� em quase todos os pa�ses.

E o Brasil tamb�m tinha esta tradi��o intelectual, at� as d�cadas de 40 e 50. O tempo da ditadura ainda conservou um pouco, mas, pelo simples fato de ser uma ditadura, por n�o se ter uma circula��o normal das id�ias e dos debates pol�ticos, rompe-se a tradi��o. E, na constituinte, se elegeram pessoas que n�o sabem conjugar um verbo, completar uma frase, n�o t�m dom�nio do idioma. Voc� tem o exemplo grotesco do Lula, da Benedita, pessoas que oferecem a desculpa da sua origem pobre, mas a origem deles n�o � mais pobre que a de Machado de Assis, ou mais pobre do que a minha. Machado de Assis era filho de lavadeira, eu sou neto de lavadeira.

Qual tem sido a rea��o das comunidades acad�micas visitadas pelo senhor neste ciclo de palestras?

— Em geral, eles gostam. Quando n�o gostam, n�o respondem nada. Ficam quietinhos [risos].

Existe alguma perspectiva de mudan�a deste quadro? E, se existe, qual o papel do governo nisto, ele ajuda ou atrapalha?

— O governo s� atrapalha! Ele � o culpado direto disso a�. N�o s� este governo, mas todos os governos! Todos os governos sempre tentaram usar a universidade como instrumento de a��o pol�tica.

E isto independentemente de partidos?

— E sobretudo criando esta ilus�o de que a universidade deve prestar servi�o p�blico. A exist�ncia da universidade j� � o servi�o p�blico! A finalidade da universidade se esgota na busca e na transmiss�o do conhecimento. Se voc� disser que a universidade tem que planejar a reforma social, ent�o qual � a diferen�a entre a universidade e um minist�rio? Ou um partido pol�tico? A� se cria uma confus�o, perdendo-se a no��o da fun��o espec�fica das v�rias institui��es.

O senhor tem acompanhado a experi�ncia do Rio Grande do Sul na �rea da educa��o, onde se discute a quest�o da cria��o da universidade estadual, a Uergs?

— Sim. Isso � uma palha�ada, mais uma palha�ada. Primeiro, voc� j� tem um mont�o de universidades. Essa vai ser mais um cabide de empregos. Imagine, vai ser uma universidade feita pelo PT, vai ser uma universidade petista. E � apenas isso o que eles querem: mais um megafone para fazer propaganda. Ali�s, a �nica coisa que esse governador daqui sabe fazer � propaganda, alardeia obras que ele n�o fez, at� obras dos seus advers�rios.

O senhor fez duras cr�ticas ao governador Ol�vio Dutra em seu artigo O direito de duvidar, publicado em Zero Hora de 11/03/2001. O senhor v� mesmo uma rela��o entre a guerrilha colombiana, o narcotr�fico e a ascens�o da esquerda ao poder no Brasil?

— Mas essa rela��o n�o sou eu que vejo, s�o eles mesmos que afirmam! Eles dizem isso! Eles se irmanam na luta pelo socialismo na Am�rica Latina, eles declaram isso. N�o � uma interpreta��o que eu estou fazendo. Ent�o, � evidente que, se o PT ganha votos aqui, isso � bom para a guerrilha colombiana l�. Se o colombiano ganha mais meio metro quadrado de terra, isto � bom para o PT aqui. �Agora, se o dr. Ol�vio Dutra n�o tem interesses ligados a isso, ele que condene as viol�ncias da guerrilha. Eu o desafio em p�blico a fazer isso! Essa guerrilha todo mundo viu na televis�o: os guerrilheiros amarraram uma bomba na cabe�a de uma prisioneira e a mulher explodiu. Essa � a maior organiza��o criminosa que j� existiu no continente. Se o dr. Ol�vio Dutra for sincero, que condene esses crimes. Ele que chame o representante da guerrilha de criminoso, se ele tiver coragem. Esse � o tratamento que o governador tem obriga��o de dar a essa gente. � esse o tratamento que ele est� dando? N�o, ele est� tratando esses sujeitos como h�spedes normais! Voc� recebe o Al Capone na sua casa e o trata como se fosse um homem honrado e, sobretudo, empresta um megafone nacional para o sujeito falar, para fazer propaganda? O que fez o F�rum Social Mundial se n�o dar a esse pessoal da guerrilha instrumentos de propaganda? Ora, dar instrumento de propaganda n�o � cumplicidade? � o caso de facilitar meios para a apologia do crime. E essa guerrilha � criminosa.

O senhor tem alguma avalia��o de por que este processo de ascens�o do PT ao poder come�ou no Rio Grande do Sul?

— Em parte � porque voc� tem uma tradi��o de estatismo forte, muito arraigada. Mas � curioso que justamente o ga�cho tenha essa mania, porque ele n�o precisa disso, o ga�cho � um tipo independente, que sempre teve iniciativa pr�pria. Se fosse um povo fracote, incapaz, que precisa de um governo forte que o proteja, eu admitiria isso. Mas o ga�cho realmente n�o precisa disso, esta � uma situa��o ir�nica, uma excresc�ncia. Isso ficou assim por falta de repert�rio cultural. Sobretudo, quando n�o h� outras id�ias em circula��o, voc� adere �s id�ias que est�o a�. Por exemplo, a tradi��o liberal � todinha ignorada aqui neste pa�s. Voc� fala de liberalismo, as pessoas n�o sabem a que autores voc� est� se referindo, n�o t�m as fontes, nunca leram nada a respeito, voc� n�o v� os livros liberais nas livrarias. Voc� encontra, no m�ximo, um ou outro best seller sobre globaliza��o, livros de terceira ou quarta categoria. Voc� n�o encontra os livros do von Mises, do Hayek, do Rothbard. Tudo o que h� de mais significativo do pensamento liberal n�o chega aqui.

Falando nisso, o senhor vai ter uma participa��o no F�rum da Liberdade, que est� em sua 14� edi��o. Como o sr. v� a sua participa��o nesse f�rum e mesmo a exist�ncia deste tipo de iniciativa, que j� est� consagrada no estado?

— Ah, isso vai ser muito divertido! Em primeiro lugar, porque eu tive um debate pela imprensa com o deputado Jos� Dirceu, e eu vou encontr�-lo l�, eu quero que ele me diga, cara a cara, que ele n�o � um t�cnico em intelig�ncia militar formado em Cuba. Ele diz que o PT s� investiga nas fontes oficiais, o que � uma impossibilidade pura e simples porque, em certas CPIs, o PT aparecia sabendo at� o n�mero da c�dula que foi dada em propina para um sujeito. O que mostra que existe espionagem. E o deputado Jos� Dirceu nega isso a�. Ame�ou at� me processar. Agora, ele deve explicar como � que se deu essa estranha muta��o na cabe�a dele que, de agente secreto, se transformou em jurista. Esse � um dos motivos pelos quais eu estou ansios�ssimo para chegar l�, eu quero que ele me conte essa hist�ria.

Como � que o senhor contrasta uma iniciativa como o F�rum da Liberdade com o F�rum Social, por exemplo? No F�rum da Liberdade a gente v� que existe contraste de opini�es, o que n�o parece ser o caso do F�rum Social.

— O F�rum Social, que pretendeu ser um contraponto ao F�rum de Davos, verdade foi apenas uma caricatura do F�rum da Liberdade, uma macaquice muito mal feita, porque ali n�o tem F�rum nenhum, aquilo � um coro, o Coro Social Mundial. O conceito de debate deles � o do centralismo democr�tico leninista. � o debate interno dos comunistas. Nesse sentido, n�o digo nem que eles sejam contra a liberdade: eles s�o a favor da liberdade, s� que da liberdade para eles! Quem n�o � da curriola deles n�o precisa de liberdade. Esse F�rum Social Mundial foi duplamente fraudulento: n�o s� por se apresentar como F�rum, o que n�o verdade n�o foi, mas tamb�m por posar como o grande inimigo da Nova Ordem Mundial, que o financiou e o paparicou, passou a m�o na cabe�a dele e o carregou no colo. Toda a constela��o dos gr�o-senhores da Nova Ordem Mundial apoiou essa porcaria e esses meninos ficam fazendo o papel de enfants terribles: �N�s somos os revoltadinhos.� S�o nada, s�o uns vendidos!

O senhor tamb�m atribuiu aos intelectuais de esquerda um papel de formadores de guerrilheiros, durante os anos em que estes intelectuais estiveram encarcerados com ladr�es comuns, durante a �poca da ditadura no Brasil.

— Isso � um longo processo. A utiliza��o do banditismo para a revolu��o � uma tradi��o. Come�a na Revolu��o Francesa, L�nin aperfei�oou a coisa e ela segue sendo usada, de maneira que n�o h� novidade alguma nisso a�.

O senhor deve ter visto os movimentos de pequenos agricultores invadindo a Secretaria da Agricultura do Estado. Ser� que isso a� � o feiti�o se voltando contra o feiticeiro, ou � pura t�tica de desinforma��o?

— Eu n�o creio que isso configure um caso de o feiti�o virar contra o feiticeiro em escala maior. Essas coisas n�o s�o muito dif�ceis de controlar e s�o percal�os no caminho de uma estrat�gia revolucion�ria. Isso acontece mesmo. Agora, no caso dos bandidos, � mais dif�cil govern�-los. Mas nem por isso foi imposs�vel fazer uma rebeli�o simult�nea de 29 pres�dios em S�o Paulo, preparada desde a d�cada de 70 por intelectuais esquerdistas presos, que ensinaram a essa gente as t�cnicas de guerrilha e de organiza��o pol�tica. Esses mesmos intelectuais e l�deres esquerdistas aparecem na televis�o, falando das causas do banditismo como se fossem autoridades neutras e superiores no assunto. Ora, as causas s�o eles mesmos! Nosso banditismo n�o tem a ver com problemas sociais, mis�ria, principalmente porque os grandes centros produtores de viol�ncia n�o s�o as regi�es mais pobres. Para falar em causas sociais do banditismo, voc� precisaria de causas sociais para transformar o sujeito pobre em um traficante em grande escala, e isso � imposs�vel. Mas a id�ia de que o banditismo tem causas sociais acaba funcionando como um pretexto legitimador do banditismo. Para o bandido, essa � uma ret�rica agrad�vel aos ouvidos dele: o sujeito investe contra a sociedade e a sociedade � que � culpada. Para o bandido isso � uma del�cia.

Do ponto de vista da seguran�a p�blica, o sr. deve ter acompanhado os protestos de cidades do interior do RS, nas quais a Brigada Militar est� sendo retirada, concentrando suas opera��es em uns poucos munic�pios. Como � que o senhor v� esse processo?

— Isso tem uma l�gica. Por um lado, voc� fomenta a forma��o de organiza��es revolucion�rias, como o MST. Voc� paparica e d� apoio publicit�rio � guerrilha. E, por outro lado, voc� desmonta o aparato policial civil e militar. Voc� est� agindo com muita l�gica. Voc� est� preparando uma revolu��o. Mas, como as pessoas hoje em dia n�o estudam mais estrat�gia leninista, s� os que a praticam ainda a estudam, elas v�em esse fatos e os consideram coisas isoladas, quando tudo isso � de uma l�gica absolutamente implac�vel. A Brigada Militar � um centro de resist�ncia ao processo revolucion�rio, logo, temos de desmont�-la, � �bvio!

O senhor acha que isso � apenas a ponta do iceberg?

— Nem ponta de iceberg: o processo � vis�vel! N�o se pode nem mesmo dizer que � uma conspira��o, porque o processo est� acontecendo na nossa cara! Por exemplo, toda essa campanha pela �tica, inventada em 1990, com a finalidade de atribuir � esquerda o monop�lio da autoridade moral e de jogar as demais tend�ncias umas contra as outras, est� sendo feita na nossa cara, e, depois de doze anos de experi�ncia, as pessoas ainda n�o se deram conta disso. A incapacidade de aprender com a experi�ncia assinala uma grave defici�ncia mental. Um pa�s que ainda n�o aprendeu a unidade desse processo est� em um estado de torpor mental absolutamente pat�tico!

O senhor chegou mesmo a comentar que a briga recente do ACM com o FHC era resultado desse processo.

— Esse foi um resultado maravilhoso! Prova que a coisa est� funcionando. Eles est�o arrebentando com todas as lideran�as que possam se opor no caminho deles, desmontando o pa�s com base em acusa��es de corrup��o, com uma ressalva: eles pr�prios nunca s�o investigados, porque antes tiveram o bom senso de penetrar na Pol�cia Federal, no Minist�rio P�blico, e sobretudo na m�dia. Se o petista que est� no Minist�rio P�blico quer investigar um sujeito, o que ele faz? Ele solta aquilo para a imprensa, a imprensa noticia e a� ele usa o notici�rio da imprensa como motivo para iniciar a investiga��o. Na hora que se inicia a investiga��o, o sujeito j� est� queimado, com indisponibilidade de bens, j� se abre seu sigilo banc�rio. A reputa��o do sujeito est� acabada. No fim, se ele for inocentado pela Justi�a, a reputa��o dele ser� restaurada? N�o, a reputa��o do juiz � que estar� acabada! Se o sujeito � inocentado, isso n�o � prova de que ele � inocente, mas � prova de que o juiz � culpado. E as pessoas ainda n�o s�o capazes de ver a� a unidade de uma estrat�gia revolucion�ria, a qual os pr�prios revolucion�rios j� confessaram.

E o senhor acha que h� a possibilidade de mudan�a? Ou o processo de aprendizado vai ser muito longo?

— Bom, tudo depende de as pessoas se tornarem um pouco inteligentes. O Gilberto Amado dizia que tinha um orgasmo quando ele encontrava um brasileiro capaz de juntar causa e efeito. Aqui, para que isso aconte�a, a gente precisa de uma sucess�o formid�vel de orgasmos! Eu n�o sei se � poss�vel ainda � mas, se as pessoas tomarem consci�ncia, essa porcaria acaba em uma semana. A �nica for�a que esse pessoal tem � a ignor�ncia e o torpor da opini�o p�blica, sobretudo da elite, em especial a elite empresarial. As pessoas est�o afundando, v�o ser mortas daqui a pouco e est�o brincando com essa coisa, dando dinheiro para financiar a sua pr�pria liquida��o. A primeira coisa a fazer � fechar a torneira do dinheiro. A� a brincadeira esquerdista acaba em dois dias. Porque poder efetivo eles n�o t�m, o poder deles � a ilus�o que eles cultivam na cabe�a dos outros. A ilus�o, a cegueira, o poder das trevas.