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E-mail enviado a Alberto Dines em 27 de junho de 2001

 

Prezado Alberto Dines,

 

Num artigo recente do Observat�rio da Imprensa voc� escreveu que o Dr. Ronald Levinsohn, �como n�o sabe pensar nem sabe escrever, paga aos que pensam e escrevem para ele. Mesmo que o fa�am canhestramente. Um deles � o Goebbels brasileiro, fil�sofo da nova direita tupiniquim, ex-marxista radical, cujo sonho � trabalhar para S�lvio Berlusconi mas, por enquanto, resigna-se em escrever para dois ve�culos do Grupo Globo.� E, linhas adiante:� �Levinsohn & Cia. acusam-me de �perseguir� aqueles que no JB me substitu�ram. Idiotice tamanha s� pode partir do parvo ilustrado, o Goebbels redivivo.�

Algumas pessoas dizem que o personagem a� aludido sou eu � ou pelo menos, aquele que voc� imagina que eu seja. Descontada a adjetiva��o infamante, sintoma neur�tico que deixo de analisar porque a vida mental de Alberto Dines n�o � assunto de meu interesse, a descri��o, em alguns pontos objetivos, confere com a minha pessoa: sou de fato o �nico fil�sofo �de direita� (digamos assim), ex-marxista, que escreve para dois ve�culos do Grupo Globo.

N�o havendo outro que se encaixe simultaneamente em todas essas categorias, � razo�vel supor que sou de fato eu o sujeito a quem voc� atribui, entre outras lindas qualidades, a de autor de escritos difamat�rios contra a sua pessoa, supostamente encomendados e pagos pelo Dr. Ronald Levinsohn.

O fato � que voc� est� redondamente enganado. Nunca participei das pol�micas do Dr. Levinsohn, nunca escrevi uma s� linha a pedido (muito menos a mando) dele ou de qualquer outro diretor da UniverCidade. Especialmente, nunca escrevi nem disse uma s� palavra contra voc�. N�o sou nem poderia ser o autor das enormidades que voc� me atribui e, pior ainda, nem sequer as tinha lido at� agora. S� fiquei sabendo delas porque algu�m me alertou por e-mail e, incr�dulo, fui conferir no Observat�rio da Imprensa. E l� estavam, acompanhadas de um revide pelo menos t�o insano quanto elas pr�prias.

Devo supor que o mestre do jornalismo esqueceu o dever elementar de informar-se antes de me acusar? Ou que, ao contr�rio, mentiu de prop�sito contra um inocente?

Nenhuma dessas duas hip�teses � boa para voc�, mas prefiro apostar na primeira. Continuarei apostando nela pelas pr�ximas 48 horas. Se at� l� voc� n�o se retratar publicamente, admitindo que nada sabe de qualquer envolvimento meu na querela Levinsohn-Dines, serei obrigado a recorrer � Justi�a, para resguardar o meu direito de n�o ter minha reputa��o manchada por efeito de um bate-boca do qual, at� agora, eu ignorava tudo, rigorosamente tudo.

 

Olavo de Carvalho