Mais cartas à Época
Prezados Senhores,
Sou assinante de Veja e tenho comprado Época regularmente
pela coluna de Olavo de Carvalho. Como todo leitor tem suas
predileções nas publicações que
lê, os artigos ali publicados são motivo mais do que
suficiente para que eu compre a revista, e inclusive considere
assiná-la.
Entretanto, no primeiro número deste mês, não
encontrei a coluna, o que se repetiu no número seguinte. Em
conversas com outros leitores, soube que foi reduzida para uma
publicação mensal, em vez de semanal.
Não consigo atinar com o motivo de Época querer
reduzir uma contribuição desse calibre, vinda de um
filósofo que é hoje um dos maiores intelectuais
brasileiros, além de jornalista tarimbado. Não adianta
dizer que seja para permitir ao leitor conhecer outros pontos de
vista; pois Olavo de Carvalho é justamente o único
jornalista de peso neste país que nos oferece regularmente
uma visão diferente dos discursos massificados da imprensa,
hegemonicamente de esquerda. Em seu lugar, colocaram uma professora
da USP repetindo chavões de uma ideologia barata que se pode
encontrar em qualquer botequim universitário, banalmente
reproduzidos por uma imprensa leviana e intelectualmente pueril. Por
que Época deveria vetar uma voz dissonante e original para
permitir aos leitores o acesso a clichés que já se
encontram por toda parte?
Talvez a redução tenha ocorrido em
função das críticas contundentes feitas naquela
coluna a figurões da política nacional. Mas são
ossos do ofício jornalístico, sem os quais não
seria necessário haver liberdade de imprensa. É claro
que isso não se aplica quando há calúnia ou
difamação, mas também não é o
caso, já que aquele colunista não fez nenhuma
afirmação que não pudesse ser provada. De
resto, os artigos saíam em coluna de opinião, deixando
claro que a revista não endossa necessariamente as
posições do autor.
Também não adianta alegar que o corte tenha ocorrido
por ser um articulista "de direita" (já li dele as
seguintes palavras: "em nome do pluralismo, luto para que
exista uma direita neste país, o que não significa
que, quando existir, eu vá concordar com ela"). Desde
quando é crime ser de direita, como se o pensamento de
esquerda fosse uma cláusula pétrea da
Constituição? Toda democracia pressupõe a
existência de uma direita, uma esquerda e um centro; se
só a esquerda fala, não há democracia nenhuma.
Simpatias ideológicas à parte, os artigos de Olavo de
Carvalho são de uma coragem, de uma erudição e
de uma honestidade intelectual que não se podem deixar de
respeitar, independentemente de concordarmos com ele. São um
diferencial que faz de Época uma publicação
à altura de suas concorrentes, e até melhor.
Se Época cortou o espaço de Olavo de Carvalho por
ceder a pressões políticas, agiu com uma covardia que
a faz cair em nosso conceito. Se o fez por discordar das
opiniões do jornalista, demosntrou intolerância e
totalitarismo, o que a faz cair tanto mais.
Olavo de Carvalho tem denunciado a existência de uma patrulha
ideológica nas redações do país inteiro.
Aos olhos de milhares de leitores, Época acaba de comprovar o
que ele diz. Em função da coluna, a revista vinha
sendo considerada um órgão jornalístico
corajoso e independente, pela abertura que tem dado a
opiniões tão polêmicas quanto bem fundamentadas.
Agora, passa a ser vista como um veículo covarde e sujeito a
censura interna. Uma massa de leitores insatisfeitos vai
começar a procurar outro canal de idéias.
Tenham certeza de uma coisa: nenhum leitor de esquerda, podendo
encontrar seus discursos em várias outras revistas do
gênero, vai passar a ler Época pelo corte de Olavo de
Carvalho; mas milhares de leitores de Olavo de Carvalho vão
deixar de ler a revista por essa razão. Entre eles, eu.
Só compro Época quando a coluna sair.
Por favor, VOLTEM A PUBLICAR OLAVO DE CARVALHO SEMANALMENTE.
Com a minha atenção e (condicionalmente) o meu
respeito,
Augusto Vasconcellos.
[email protected]
Prezado senhor,
Ainda que tardiamente, venho solidarizar-me consigo, haja vista a
safadeza - não há outra palavra - que fizeram com o
senhor. Ainda bem que nós, aqueles que comungamos dos seus
ideais e acompanhamos a sua luta pela imprensa, através dos
seus livros e ainda pela Internet, sabemos que faltando aos
opositores o mínimo de condições para rebater
seus argumentos, outra não poderia ser a ação
dos mesmos, marxistas enquistados nos nossos meios de
comunicação social e contando com o beneplácito
dos proprietários estes talvez esperançosos de
continuar a mamar nas tetas governamentais se aqueles vierem, um
dia, a assumir o poder. Aliás, a família Marinho
comunga, de longa data, com a idéia de que apenas o pessoal
de esquerda "sabe fazer jornal". Aceite, com o meu
abraço, a certeza de que comungamos dos mesmos ideais.
Osmar José de Barros Ribeiro
[email protected]
Ao Sr.diretor de redação época.
Não foi por acaso que escrevi o nome da revista com letra
minúscula. Ela simplesmente apequenou-se ao tomar essa
estranha e insensata decisão.
Estamos tão parcos de inteligência nessa terra brasilis
e a época resolve contribuir para a entropia geral diminuindo
o espaço de apresentação de uma das penas mais
brilhantes surgidas nesse pobre cenário intelectual. Se
é intenção da revista ampliar o espaço
para a lenga lenga da esquerda, estou fora. Não tenho mais
idade, nem tampouco paciência para aturá-la. Como se
diz por aí, vou procurar minha turma.
Como ainda vivemos em gozo de liberdade, assim como a revista tem o
direito de tomar as decisões que julga mais conveniente, eu
também tenho o direito de baní-la dos meus
interesses.
Léo Guedes
[email protected]
Olá Sabemos com que
brilhantismo Olavo de Carvalho defende seu direito de livre
expressão e pensamento ainda que não lhe interesse
formar uma militância ativa. Coloco minha Home page a
disposição de todos que partilham
admiração pelo trabalho do Olavoe de tantos outros
corajosos. Lá poderá ser encontrados vários
artigos que confirmam e afirmam o que Olavo diz. Também
há vários links para livros on line tal como BRAVE NEW
SCHOOL. O endereço é :
http://planeta.terra.com.br/arte/policymaker
Um abraço
Davi Washington
[email protected]
A proibição de pensar ou o Muro das
Lamentações
Incontáveis as cartas enviadas à redação
da revista Época. E, sinceramente, me surpreendo com o fato.
Com o quê? Com o elenco de impropérios, injúrias
e lamentações de todos os admiradores, diga-se, os
"ingênuos" admiradores da obra do filósofo
(será mesmo? sequer é graduado na USP...), escritor e,
vergonhosamente não-marxista Olavo de Carvalho.
Ingênuos admiradores entre os quais, ai de mim! me incluo.
Será que não percebem as absurdidades que proferem,
caros leitores e "cúmplices"? Não percebem
que, por umas quantas insondáveis razões de ordem
editorial, os artigos do senhor Olavo de Carvalho foram ligeiramente
suprimidos, ou mutilados, por ocuparem espaço físico
(ideológico se preferem) em demasia, nesta que é uma
revista atenta aos clamores urgentes de sua
"época"? Não me surpreende, sequer me
comove, que uma publicação com tal nome seja, pura e
simplesmente, coerente com o mundo e seus chamados.
Afinal, o senhor Olavo de Carvalho
não é formado na escolinha de pseudospensadores da
USP, logo, não é esquerdista por
vocação, logo, é um neoliberal, logo, um
direitista retrógrado, logo, um reacionário
caquético, logo, enfim, óbvia conclusão para
os que pensam que pensam, um fascista execrável!!! E os senhores, caros e ingênuos leitores, entre os
quais, ai de mim! me incluo, seus discípulos, seus comparsas.
A revista Época é nada mais ou menos que coerente com
o estapafúrdio estado de coisas que nos cerca. Época
de imbecis e charlatões. Época de uma
revolução sorrateira, silenciosa. E fatal.
Segundo o ilustre diretor de redação da prestigiada
revista, foi aberto um espaço "para outras visões
de mundo". Caros leitores, exemplo raro de caridade
cristã nos foi legado: cegos ocuparão o espaço
de nosso infortunado filósofo. E cegos terão outras
visões de mundo. Ou nenhuma visão, o que é
melhor, pra que a ordem se mantenha intacta, inabalável qual
monge budista.
Nas páginas de Época, novamente teremos oportunidade
de ler rançosos comentários de esquerda. E Jean-Paul
Sartre dará voz às nossas mazelas.
Afinal, pra quê Aristóteles?
A revista, sim, cumpre seu papel, e entrará para a
História. Registrará, indelevelmente em suas
páginas, a miséria espiritual de nossa época.
E isso basta.
Obs: Também passo, a partir de agora, a fazer parte da
"horda" de ex-leitores da já tão citada
publicação.
Um abraço
Georgenes Gustavo Nogy
[email protected]
Senhor redator,
Notei que há duas edições não sai a
coluna do Olavo de Carvalho, diga-se de passagem o melhor desta
revista, o que está acontecendo?
Mudou a direção?
É a censura vermelha?
Familia Marinho tome uma providência. Não compro mais a
ÉPOCA até o colunista voltar.
Sem mais,
Celina de Sousa Vieira
[email protected]
Redação Época
Cara Celina,
Agradecemos o envio de sua mensagem. Os artigos de Olavo de
Carvalho serão publicados uma vez por mês. Esperamos
continuar contando com a sua atenção.
Um abraço,
A Redação
Caro Sr. Redator responsável pela censura ao colunista
Olavo de Carvalho,
Sem Olavo sem chance, até já enviei e-mail
endereçado ao Sr. Marinho solicitando o retorno imediato do
Olavo assim como a lista de amigos que não mais
estarão COMPRANDO a Época enquanto o colunista
não retorne semanalmente.
Obrigada,
Celina de Sousa Vieira
[email protected]
Caro redator,
Pode crer que não estarei mais comprando a revista
Época por que o Olavo não está mais nela, ainda
mais com este fiasco sobre a Ana Maria Braga, eu como médica
acho inaceitável a capa da revista sugerindo erro
médico e depois a própria apresentadora desfaz o mal
entendido, acho que a Época ficou pior.
Grata pela atenção,
Celina de Sousa Vieira
[email protected]
Época Leitor <[email protected]>
Cara Celina,
Agradecemos por seu retorno. Sugerimos que leia a reportagem
"A volta da guerreira", edição 183.
Esperamos continuar contando com a sua atenção.
Um abraço,
A Redação
Prezado Sr. Diretor de Redação,
O senhor deve ter recebido, e talvez ainda continue a receber por
algum tempo, um expressivo número de cartas/e-mails
manifestando espanto ou repúdio em relação
à redução do espaço, nessa conceituada
revista, do filósofo e jornalista Olavo de Carvalho. Se
considerarmos o fato de que os leitores são o objetivo final
de um órgão de imprensa digno do nome, tais
manifestações não deveriam ser menosprezadas,
sobretudo num momento em que, em boa parte por causa dos artigos de
Olavo de Carvalho, Época demonstra um significativo
incremento em termos de leitores e influência no meio
jornalístico.
O argumento de que a redução do espaço
não significou censura, mas uma preocupação em
dar voz a "outras idéias e visões de mundo"
não parece honesto, e é fácil perceber
porquê. Ora, se fosse essa a sua real
preocupação, o senhor deveria agir justamente de forma
oposta, pois Olavo de Carvalho é praticamente a única
pessoa com voz no meio jornalístico a dizer coisas novas,
diferentes de toda a cantilena com a qual o povo brasileiro
já está habituado ao ponto da anestesia. Ou seja, uma
preocupação sincera com a veiculação de
visões de mundo diferentes (desde que assumamos o pressuposto
de que essas visões se eqüivalem e por isso merecem as
mesmas oportunidades) deveria implicar não a
redução do espaço de um dos mais originais,
eruditos e corajosos pensadores surgidos no Brasil, e sim a
efetivação de Olavo de Carvalho como colunista
permanente de Época, até porque não
há rigorosamente nada que justifique a decisão de
manter, por exemplo, Zuenir Ventura com esse status, a não
ser seu prestígio junto à
intelligentzia esquerdista. Sem querer desmerecer o
articulista, não há como comparar, em termos de
capacidade de expressão, de erudição, de
incisividade, enfim, de genialidade, Zuenir com Olavo.
Não temos, eu e muitos milhares de leitores de
Época, a menor dúvida de que a decisão
de alçar Olavo de Carvalho à condição de
colunista semanal (tal como Zuenir Ventura) há de consolidar
o lugar de Época como uma revista ainda mais
diferenciada, na medida em que possibilitará ao seu cada vez
maior contingente de leitores o privilégio de ler artigos de
extraordinária qualidade e força, de um pensador cuja
importância tem crescido sensivelmente nos últimos
anos, e cuja tendência é aumentar ainda mais.
Não parece exagero dizer que Época pode estar
perdendo (para outros órgãos de imprensa) a
oportunidade de manter em seus quadros um articulista cujo
portentoso valor há de ser muito em breve reconhecido.
Não creio que o senhor gostaria de arcar com esse ônus
(mesmo que reconheçamos que tal decisão talvez
não dependa só do senhor).
Deixo aqui meu manifesto e minha sugestão, humildes, mas que
certamente podem ser endossadas pelos muitos leitores ávidos
por informação inteligente e de qualidade
diferenciada, que certamente constituem o público alvo
preferencial de revistas do porte de Época.
Respeitosamente,
Marcos Grillo/RJ
[email protected]
Prezado Editor,
A democrática decisão de amputar severamente o
espaço de Olavo de Carvalho na Revista Época,
confirma, a meu ver, a tese da ilustrada professora da USP. Na
verdade, o nosso problema são os Estados Unidos, não
há dúvida.
São os Estados Unidos os culpados pela sábia
decisão de, a pretexto de democracia e pluralismo - li a
resposta do Editor-Chefe da Revista no site do Olavo de Carvalho -
reduzir tão-somente o espaço de Olavo de Carvalho,
enquanto o Ventura, que não fede e não cheira, pelo
menos sob o olfato de chauís e konders, continua a cacarejar
o seu amontoado de clichés e teses confortáveis para o
establishment esquerdista.
Uma decisão tão louvável que pune,
exclusivamente, a inteligência excepcional, fulgurante e
desestabilizadora só pode ser imputada aos Estados Unidos,
pois, longe de mim, acreditar que isso possa ser um sintoma do nosso
subdesenvolvimento mental, que fala muito em democracia, em
igualdade de direitos, enquanto tais princípios não
colidem com o nosso corpinho de preconceitos e cacoetes mentais.
Parabéns pela estratégica forma de conferir democracia
e pluralismo à Revista Época, estratégia
americana - ou seria melhor, estadunidense como quer a nossa
professorinha.
Atenciosamente
Pedro Paulo Reinaldin
[email protected]
Senhor Editor,
Olavo de Carvalho é, sem possibilidade de dúvida, a
mais lúcida, vibrante e articulada inteligência do
Brasil atual e, quiçá, um dos maiores intelectuais
brasileiros de todos os tempos. Que "Época" tenha
alegremente fatiado seu espaço já constitui, portanto,
um escândalo ( se um escândalo de maquiavelismo ou de
inconsciência, não saberia dizer); que seu
espaço tenha sido ocupado pelas platitudes de mais uma
professorinha uspiana acrescenta ao escândalo a
dimensão do ridículo.
Lamentando o acontecido e esperando que a decisão seja
revista, despeço-me.
Fabiano B. Moraes
[email protected]
Caro professor Olavo de Carvalho,
Tenho duas coisas a dizer a respeito: primeiramente, não
tenho a menor esperança de que este ou outro protesto contra
a redução de seu espaço seja publicado; em
segundo lugar e em conseqüência, tampouco nutro reais
esperanças de que sua coluna volte a ser semanal, ao
contrário do que disse no e-mail (disse-o pois a
esperança é a última que morre).
Mas pouco importa que as várias reclamações
sejam solenemente ignoradas. Pois o senhor conquistou a ferro e fogo
um espaço que a intelligentsia esquerdista só concede
quando fingir desconhecer a existência de um outsider torna-se
insustentável; quando esse fingimento passa a depor
frontalmente contra a honestidade e a inteligência de nossos
intelocratas. O senhor se encontra, portanto, na companhia de um
Nelson Rodrigues, de um
Gilberto Freyre, que bem poderiam ter dito para a nossa esquerdinha
a célebre frase de Zagallo: vocês vão ter que me
engolir.
Em suma: o senhor já é um vencedor, e esse
episódo da "Época" só vem confirmar
sua vitória, pois, como dizia Swift, "quando no mundo
aparece um verdadeiro gênio, reconhecê-lo-eis por este
indício: que todos os néscios se conjuram contra
ele". E quem, senão os gênios, têm
conseguido vencer a nossa massiva e barulhenta
conjuração dos néscios?
Saúde para si e para os seus. E continue a batalha.
Fabiano B. Moraes
[email protected]
Prezados Senhores:
Como leitora assídua da evista ÉPOCA, venho manifestar
meu desagrado pela substituição da coluna do brilhante
e instigante jornalista Olavo de Carvalho por uma (mais uma)
professora da USP. Com sua agudeza de percepção,
clareza de estilo e senso de humor, Olavo se destaca da mesmice do
atual jornalismo brasileiro. É lamentável que os fatos
venham a comprovar o que o leitor brasileiro já começa
a questionar: haveria uma militância vermelha de
plantão nas redações? Qual a razão da
exclusão do artigo do Olavo que todos, aliás, podem
ler na internet? Estamos realmente diante de uma censura aos
jornalistas que não fazem coro à linha imposta por
aquele grupo da esquerda totalitária que, pelas
evidências, estende sua fina, mas implacável, malha de
ferro contra os que apontam a nudez do rei?
Preocupa-nos o silèncio imposto, pela redação
de Época, a este polêmico e original colunista.
Cordialmente,
Solange Mendonça Campos
[email protected]
Redação Época
Solange,
O Olavo de Carvalho continuará escrevendo em Época.
Seus artigos passam a ser mensais. Ele não está
sendo substituído. Está dividindo espaço com
outras idéias. Esperamos continuar com a sua
atenção e participação.
Um abraço,
A Redação
Senhor Editor,
Agradeço a gentileza de sua resposta.
Entretanto, as "outras idéias", para as quais a
revista ÉPOCA está abrindo seu espaço, a julgar
pelo medíocre artigo da professora da USP (que apenas
reforçou o coro uníssono repetido à
exaustão pela nossa esquerda- de- plantão) esta
amostra das prometidas "outras idéias" me tirou
completamente o interesse pela ÉPOCA, que acaba de perder uma
leitora. Pois trata-se, apenas, das "mesmas
idéias", o que é compreensível face
às mudanças ocorridas na direção da
edição e redação da revista. Passei a
ter também desconfiança quanto à credibilidade
jornalística da publicação, que, face às
mudanças, não mais poderá apresentar o
espaço que eu procurava para acompanhar a diversidade e
riqueza do livre debate de idéias e a crítica dos
chavões político-ideológicos que sufocam a
inteligência de nossa mídia.
É lamentavel, para os leitores e para o Brasil.
Atenciosamente,
Solange Mendonça Campos
[email protected]
Prezados Senhores,
Embora assíduo leitor da revista Época, por motivo de
saúde, deixei de comprar o último número que,
certamente, até ajudaria à minha convalescença.
Explico: Fui informado, por camaradas exultantes, que vocês
censuraram o incomodativo articulista Olavo de Carvalho que vinha
desnudando as nossas mentiras, tramóias e
desinformações, destinadas a formar uma opinião
pública favorável à nossa causa. Disseram-me
que, de modo sutil e inteligente, vocês passaram a coluna
desse articulista de semanal para mensal. Meus parabéns.
Já que não é possível calar de todo uma
voz que tem por ofício nos desmascarar, a jogada dessa
editoria, pelo menos vai minimizar os estragos que esse
representante do imperialismo ianque e direitista de carteirinha vem
fazendo nas nossas hostes. Não perdôo esse Olavo de
Carvalho, principalmente porque deu adeus ao nosso Partidão e
agora vive a nos entregar de bandeja, àqueles que até
o seu aparecimento vínhamos conseguindo ludibriar. É
um traidor. E o pior é que sabe tudo de nós e vem se
alinhando com as Forças da Ordem- um eterno obstáculo
às nossas pretensões de resolver todos os problemas da
Humanidade, com a implantação do comunismo mundo
afora. Para completar o belo serviço de vocês,
só falta a gente fazer uma fofoca dele para ver se o calamos
também em O Globo. Com minhas saudações
vermelhas, renovo meus cumprimentos pelo trabalho que, embora sujo,
encontra justificativa no que o inesquecível Lenine nos
ensinou: - tudo que beneficiar à nossa causa comunista
é moral e legítimo. Atenciosamente, subscrevo-me.
Astrolindo Bello de Carvalho.
[email protected]
Prezado Professor Olavo Em
solidariedade a você enviei uma carta a Época
reclamando da decisão deles de lhe cortarem espaço.
Agradeço sua generosidade para com seus leitores e a Deus por
termos no Brasil uma inteligência como a sua.
Aproveito este para lhe desejar feliz natal e próspero ano
novo.
Um abraço
Luiz
[email protected]
Prezados Senhores,
Serve a presente para externalizar meu desagravo pelo ato de
agressão que sofreu Olavo de Carvalho, melhor jornalista e
escritor da mídia brasileira, quando teve seu espaço
mutilado pelos "donos" da revista Época. Já
me acostumei à pobreza da cultura brasileira e da
intelligentsia e mais uma manobra da elite hegemônica
esquerdista não vai me surpreender. Época
perderá muitos leitores se não voltarem atrás
na errada decisão.
Luiz
[email protected]
Prezado Editor de "Época",
Causou-me profunda decepção quando procurei pela
página de Olavo de Carvalho em "Época" e vi
em seu lugar uma estranha figura. Pensei comigo: teria Olavo entrado
em férias?
Porém, ao abrir o site do Professor, e lendo os vários
e-mails de desabafo de leitores inconformados, constatei que Olavo
escreverá uma única vez por mês.
É mesmo verdade que Olavo foi censurado? Se foi, é
muito lamentável que ocorra uma censura em
"Época", censura essa que, parece, se deve a um
artigo em que Olavo abordava a vida de nosso novo Ministro da
Justiça, Aloysio "Ronald Biggs" Nunes Ferreira.
Félix Maier
[email protected]
Prezado Editor:
Eu gostaria de saber quem foi o talibã que censurou nosso
escriba mais interessante do momento, para colocar em seu lugar
panfletos bobocas de "libélulas" da USP.
Cordialmente,
Félix Maier
[email protected]
Prezado Professor,
Agora, a minha regra para a Época é a mesma já
aplicada com respeito a outras publicações que
estão nas bancas: abro; se houver o bom artigo, compro a
revista ou o jornal. Caso contrário, agradeço ao
jornaleiro e vou embora...Aquela revista, como se costuma dizer,
pisou na bola.
Um abraço
Roberto Miscow Filho
[email protected]
Prezado Olavo Tomei conhecimento,
através de emails, de que estariam fazendo pressão
contra o seu magnífico trabalho e tentando suprimir sua
coluna, cuja periodicidade já teria sido reduzida. Isto
já seria de esperar. A esquerda está sempre pronta a
censurar aqueles que a criticam.
Já estou desencadeando, através dos meus
correspondentes, uma pressão sobre a mídia, em seu
apoio, tendo sugerido ao pessoal do Guararapes, que despeje uma
torrente de emails sobre os jornais. Da minha parte, já estou
agindo. E isto não significa apenas lhe enviar um
email de apoio.
O meu abraço
Pedro Paulo
[email protected]
Caro professor Olavo Fiquei
profundamente decepcionado, como todos os que escreveram a
você, ao não encontrar seu artigo semanal na
ÉPOCA. Em seu lugar, mais uma voz do "monstro de mil
línguas" que cresce neste país há muito
tempo. Você pode dizer, com Nietzsche, que "o depois de
amanhã me pertence". Também escrevi à
revista reclamando, assim como para as revistas BRAVO! e
REPÚBLICA, que não publicam nada seu há algum
tempo. Nós perdemos um pouco da fala de um grande
filósofo, e a democracia perde aquilo que a caracteriza:
pluralismo e confronto de opiniões. Tudo o que a revista fez
foi dar maioria
em seu espaço às vozes da esquerda, como faz a Rede
Globo inteira.
Conte com meu apoio.
Um abraço
Nilo de Medina Coeli Neto
[email protected]
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