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Leituras recomendadas - 81

 

A voz do trov�o

Jos� Nivaldo Cordeiro

 

A revista �poca dividiu por quatro o espa�o ocupado pelo fil�sofo Olavo de Carvalho em suas p�ginas, vez que a sua coluna semanal passou agora a ser mensal. � primeira vista pode parecer um mero ato administrativo interno daquele peri�dico, mas n�o � assim. Olavo de Carvalho � uma das maiores refer�ncias nacionais do pensamento liberal e conservador e mexer com ele � um ato pol�tico contra essas correntes de pensamento. N�o se cala impunemente uma voz de trov�o. Houve troca de dire��o na revista, isso � certo, mas com ela chegou a ordem de minimizar o clar�o dos rel�mpagos e o fogo dos raios sa�dos da pena de nosso maior polemista vivo, que est� incomodando muita gente.

� preciso que se diga que Olavo de Carvalho tem sido uma das poucas vozes dissonantes em nosso meio intelectual, dos poucos que n�o apenas se recusa a fazer coro com a a��o gramsciana, mas a denuncia firme e claramente, sem medo de peitar os �ulicos da academia, do governo, da pol�tica. Tem sido um analista ferino das coisas nacionais e d� o devido nome aos bois: o destemido fil�sofo � hoje a refer�ncia nacional contra a mar� vermelha e tem aberto os olhos de muita gente para as mentiras e falsifica��es que o meio letrado � da academia aos �rg�os de imprensa � t�m militantemente realizado em nosso pa�s.

Calar Olavo � impedir que uma multid�o de homens e mulheres ou�a o murm�rio da fonte mais cristalina do saber.

Mas n�o � poss�vel cal�-lo. A revista �poca n�o � o �nico canal a fazer chegar seus dardos flamejantes sobre a cabe�a dos filisteus. Ele tem acesso a outros meios de express�o para seus escritos, mas n�o resta d�vida que retir�-lo da revista, ainda que parcialmente - de uma tribuna t�o not�vel! - n�o deixa de ser um ato de censura e uma tomada de posi��o pol�tica contra os leitores que o t�m em mais alta conta.

Na verdade, todo o p�blico leitor de tend�ncia liberal e conservadora, que enxergava na revista �poca a sua publica��o preferida, ficou �rf�o, em preju�zo da pr�pria revista, que perder� leitores, a come�ar por mim. S� comprarei os exemplares que contiverem os seus artigos, o que estou recomendando a todos os amigos e conhecidos, admiradores de Olavo de Carvalho, que n�o s�o poucos.

6 de Novembro de 2001