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Leituras recomendadas - 37

 

Seguran�a Essencial

Abel Monteiro

 

Fevereiro de 2001. Todos percebem. Quase todos vivenciam e s�o afetados. Muitos comentam, reagem, escrevem, rogam. A situa��o da Seguran�a � perigos�ssima.

No Rio Grande do Sul a tropa estadual (BM, Brigada Militar) est� sofrendo um arrepiante processo de castra��o e conten��o, partido de sombrias elucubra��es permitidas (?) pelo Piratini. Palacianas ou n�o, as umbrosas e sutis - mas ladinas - diretivas resultam de formula��es elaboradas sem pressa, mas continuadamente, por cabe�as cobertas por diversos tipos de chap�us, sombreros, gorros e barretes, alguns importados, e ornados com letras enigm�ticas: IS, PT, MST, CUT, MCB, e outras quejandas, ativ�ssimas durante o recente FSM.

Aos poucos, passo a passo, avan�am tamb�m algumas solertes a��es explorat�rias e adestradoras. Badernas incontidas no Gas�metro; desmoraliza��o da BM no pr�dio da Receita Federal; paralisa��es descabidas nas estradas; invas�es permitidas (e at� apoiadas) de propriedades particulares; depreda��es orquestradas em N�o-Me-Toque e Chapec�-SC; confus�es e desgaste, plantados propositadamente, na administra��o da Pol�cia Civil e no CG/BM; ...e tudo isso emoldurado por incr�veis declara��es do Secret�rio de Seguran�a.

J� viram esse filme ?

Al�m dos problemas locais no RS, estamos testemunhando tamb�m problemas gerais em outros estados - notadamente MG, SP e RJ - que poder�o levar, em prazo curto, a uma grave situa��o. Se o Piratini e o Liberdade, por exemplo, n�o se d�o conta da gravidade do problema, gostar�amos de lembrar que os verdadeiros respons�veis pela Seguran�a Nacional est�o vendo ultrapassada a fase preventiva, se escoando debalde a fase repressiva, e despontando amea�adoramente a fase operativa - durante a qual n�o mais ser�o conjugados os verbos persuadir nem dissuadir, mas o verbo eliminar.

Esse faseamento, para quem n�o sabe, faz parte da doutrina de atividades de Defesa Interna, da Escola Superior de Guerra, absolutamente vigente.

Por oportuno, n�o desejamos encerrar sem lembrar a todos os interessados que a Seguran�a Essencial � composta pelas fun��es de Seguran�a Nacional (desdobrada nas atividades de Defesa Externa e de Defesa Interna) e de Seguran�a Civil (desdobrada nas atividades de Ordem P�blica e de Ordem Social). Isso � sist�mico, mas parece que, com o advento da �constitui��o cidad�, os respons�veis pela Seguran�a, em alguns escal�es, deixaram de ser informados sobre a progressividade do processo.

Gente amiga, distra�da, desinteressada, sonolenta ou anestesiada, vamos despertar ?

 

ABEL MONTEIRO � Coronel Reformado do Ex�rcito, Engenheiro de Sistemas e Professor.
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