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Leituras recomendadas – 117

 

Ainda a Argentina

José Nivaldo Cordeiro
1o de janeiro de 2002

 

Uma das seq�elas mais s�rias das desastradas interven��es do Estado argentino na economia � ter criado uma forte desconfian�a do p�blico com rela��o ao sistema banc�rio. Isso significa que a flexibiliza��o do limite de saques de US$ 1.000,00 poder� decretar a morte desse sistema, com quebra de bancos e, em conseq��ncia, a impossibilidade de manter a liquidez da economia como um todo. De quebra, a desintermedia��o banc�ria reduzir� dramaticamente a disponibilidade de recursos para investimento, com s�rios e imediatos desdobramentos.

O problema � que a recupera��o da confian�a do p�blico poder� levar muito tempo, qualquer que venha a ser o novo presidente e qualquer que seja a sua pol�tica econ�mica. Os argentinos poder�o preferir, por muito tempo, guardar o seu dinheiro em casa ou simplesmente antecipar os seus gastos, para se livrar da moeda. Ou adquirir moeda estrangeira, para lastro. � uma situa��o dram�tica.

Vai ser muito dif�cil escapar de uma corrida banc�ria, que poder�amos chamar de a heran�a maldita do ministro Cavallo. Certamente n�o ser� um aleij�o f�cil de superar.

O drama � a reconstru��o. Ser� preciso a implanta��o de s�ria e confi�vel pol�tica econ�mica para restabelecer a confian�a. Com um governo de continuismo peronista, � dif�cil imaginar um cen�rio em que isso aconte�a. � prov�vel que surpresas e fortes emo��es – tudo o que o mercado n�o quer e n�o precisa – venham ser a marca registrada, nos pr�ximos meses, na �rea econ�mica. Infelizmente.

Mas j� diz o ditado popular: n�o h� mal que sempre dure e nem bem que nunca acabe. O inferno econ�mico e pol�tico da Argentina ser� superado, mais dia, menos dia. Quando as trevas s�o as mais profundas � que nasce a luz, ensinam as religi�es em todos os quadrantes. Elas sempre estiveram certas.

Quem viver, ver�.